Eu dissolvi na areia
As mágoas do meu penar
Lavei-as na lua cheia
E enxuguei-as no mar
Nas águas soltas de um rio
Lavei a minha alma cansada
E na proa de um navio
Naveguei de madrugada
Na calma do horizonte
Descansei, o meu olhar
E junto da velha fonte
Eu passei para recordar
Ao longe, a velha nora
Onde em tempos morei
E recordei o que outrora
De lágrimas eu derramei
Passei bem junto ao jardim
Que em tempos, eu plantei
Sempre à procura de mim
Da procura, eu não achei
Pensei, o tempo passou
Isso não vou mais viver
Mas a dor me acordou
Só para me fazer sofrer
E neste corpo que é meu
Eu procuro, já cansado
A criança, que cresceu
Amou, sonhou e sofreu
E se sente aprisionado.
quarta-feira, julho 7
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