Hoje foi o primeiro dia de uma nova etapa da minha vida. Estive, juntamente com a minha nova amiga, a ler todos os meus posts deste blog! Uffa! Que grande viagem... É tão mais fácil dizer o que sinto enquanto escrevo. Talvez porque tenho mais tempo e calma para racionalizar, ou relativizar os problemas. Como é possível poder escrever tão bem o que sinto, ser tão claro e simples na forma como acho que devem ser as coisas, mas depois no dia a dia, nada disto é atingido. Adorava que a vida fosse feita só de palavras, em que as frases eram os nossos actos na sua mais pura forma de ser.
Hoje comecei a minha relação com a Dra. Teresa, a minha maior confidente de hoje em diante. Ela e o meu blog serão a partir de hoje a minha ultima esperança para tentar atingir a paz que tanto procuro. Desde Abril que o meu profundo sentimento de tristeza, acaba com as minhas vontades, todas elas. Vontade de comer, de dormir, de pensar, de amar... por ai fora...
Nestes três últimos três meses contei com a ajuda de bons amigos, que apesar de não sentirem na pele a minha magoa foram sempre e cada um a sua maneira, tendo o seu papel. Os amigos são sem duvida um dos bens mais preciosos para a nossa sanidade mental, mas por vezes, temos mesmo de recorrer a alguém especialista do assunto para poder por alguma calma nas aguas sujas que têm vindo a contaminar os meus pensamentos.
Não ouvi nada que já não tivesse escrito ou pensado e por isso não interessa voltar a falar dos mesmo assuntos que escrevi em posts anteriores. Agora é olhar para a frente! Sempre disse que as depressões eram doenças de ricos, de gente que não tem que levantar o rabinho cedo da cama para ir trabalhar. Agora sim é altura de mostrar a verdadeira força que existe dentro de mim.
O mais importante foi reconhecer o que sinto, e não me iludir em relação a isso, não ha mal nenhum ficar a sentir as nossas dores, as nossas tristezas, as nossas magoas, e as nossas frustrações. O caminho é mesmo por ai, sentir o que temos para sentir, e não fugir e evitar sentir o que vai dentro de nós.
Agora resta-me confiar na vida. Aceitar todas as tomadas de consciencia que tenho tido, por que a consciencia é o primeiro passo para a transformação. Por um lado é injusto retirar todo o crédito que tenho e mérito pelas minhas conquistas. Desafiei os meus limites, e tenho tido muita coragem. Sou assim, sempre fui, já em Londres provei as minhas capacidades, e para quem foi para lá com 500 euros para tirar um curso de teatro não tá mal :)
quarta-feira, junho 30
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