É triste ter de fugir para que se possa prosseguir. É triste ter de fugir a sete pês daquilo que se quer, apenas por não ser querido. Sinceramente julgava já ter superado a fase do luto, mas afinal faltava a distância. O amor morre tal como as pessoas, mas (in)felizmente eu sou dos que não acredita na vida depois da morte.
Avie-me como noutros tempos, fiz uma pequena mochila e segui caminho. Deixei a casa num brinco. Deixei tudo preparado ao detalhe, almofadas organizadas por cores, lençóis lavados, roupa engomada, vidros limpos, tudo estava pronto para o próximo inquilino. Confiante do meu caminho, segui viagem. Não levei fotos nem nada que me fizesse perder a disciplina do caminho traçado.
Antes disso foi a despedida. Londres, pois está claro! Onde tudo começou, onde as memorias ganham voz e a boca um sorriso. Voltei apenas de passagem, foi um reencontro com o cheiro, com a chuva, mas principalmente comigo. No caminho chorei as memorias, queimei as lembranças, e enterrei a esperança. Tudo podia ter sido diferente (afirmação típica de quem sai derrotado). Parti em busca de mim, quero encontrar o meu lado mais puro.
Eram 6.30 da manhã estava a chegar a Índia. Sai do terminal 3 e fui sem pensar duas vezes a procura de uma casa de banho. A comida do avião tinha deixado o meu estômago no mesmo estado que a minha cabeça, as voltas.
segunda-feira, março 14
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário