quarta-feira, março 16

Brilho...

Algo muito poderoso vai acontecer comigo. A minha cara queimada pelo sol quente desta ilha, faz transparecer algo luminoso. As pessoas olham para mim com encanto, como se eu fosse um ser poderoso que está além de mim.

Entretanto, ainda a caminho da praia, no meio da pobreza, sinto o estímulo vindo dos olhares alheios e a satisfação de ser um rosto brilhante no meio de tantos corações partidos. Eram razões suficientes para que eu pudesse esquecer os motivos pelos quais eu tinha fugido. Parei! Fiquei dois dias com aquelas gentes… Contudo, chegou o momento em que tudo aquilo já parecia monótono e sem brilho. Decidi seguir caminho. Decidi andar sozinho, afinal eu tinha uma luz infinita. Segui um caminho alternativo, até chegar a um vale de sombras no qual consegui descansar, esconder-me e fingir novamente não ser quem sou.

O dia passou acordei, já era outro dia, já não tenho apenas os pés cansados, o rosto pálido e os olhos sensíveis, mas tinha também perdido o brilho que iluminava o meu rosto...

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