terça-feira, maio 18

Ai vou eu...

Ainda que pareça estranho, os últimos dias estão a ser bastante agradáveis. Vou ter saudades do melhor património que encontrei em Angola: as pessoas. A simplicidade e humildade que carregam é algo que me fez crescer como pessoa e que nunca mais irei esquecer.
Agora saio com o mesmo espírito que quando entrei; carregado de esperança...

A vida tem destas coisas e é mesmo assim que acontece a pessoas como eu. O meu maior erro de sempre foi acreditar que a vida é imutável, que, quando escolhi entrar neste carril, tinha de o seguir até ao fim. Não tenho essa obrigação. O que tenho é de seguir aquilo que acredito me fazer feliz. Tenho pena da oportunidade que deixo, mas acredito que o destino tem muito mais imaginação do que eu... Sempre que achei que a minha vida estava num beco sem saída, quando atingi o cúmulo do desespero, com a velocidade de uma rajada de vento tudo mudou, tudo se transformou, e de um momento para o outro dei por mim a viver uma nova vida. A vida é mesmo assim e por mais que me custe eu tenho de aceitar. É claro que fico triste, porque vejo uma vida desperdiçada, uma vida em que o caminho do amor não teve tempo para se cumprir.

Neste momento vou descansar, a primeira revolução a fazer é dentro de mim próprio, a primeira e a mais importante. Lutar por uma ideia sem ter uma ideia de mim próprio é uma das coisas mais perigosas que posso fazer.

Tenho de ter calma e respirar com profundidade, sem deixar que nada me distraia. Vou esperar e voltar a esperar. Vou ficar quieto, em silêncio, só e apenas a ouvir o meu coração. Quando ele falar, eu vou a onde ele me levar...

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