sexta-feira, maio 14

5 minutos de uma longa noite...

São as horas que são... pego no telefone, marco o número e desligo. Pego no telefone, marco o número e desligo. Pego no telefone, marco o número e desligo. Pego no número, desligo e marco o telefone, pego no número, desligo e marco o telefone, pego no número, desligo e marco o telefone. Mudo de canal e penso na Felicidade, na sua bondade e simplicidade. Qualquer que seja o meu movimento, vai sempre lembrar a Felicidade, é como uma imagem espiritual que jamais esquecerei. É demais este sofrimento, até agora andei como as ondas do mar, num vai e vem sem cessar. Chegou a altura de parar, pensar e... pego no telefone, marco o número e desligo. É altura de me fixar num só sitio e tentar atenuar a paixão que sinto pela Felicidade. Vou tentar dar um passo sem pensar nela, sem olhar para outras pessoas e comparar. Quanto mais comparo as pessoas com a Felicidade, mas sofro por saber que a perdi.
Agora vou, vou com fé que a Felicidade um dia vai bater a minha porta. Vou pegar no primeiro transporte que me aparecer eu vou procurar a Felicidade ideal. Vou apreender a ser o Pai que nunca fui, o homem que nunca fui e o filho que nunca fez... Vou acreditar nisto como uma fase, mas que depois do desespero e passada esta crise, tudo se irá converter numa dor aguda que a natureza emprega como método curativo. Sei que serei inteiramente feliz com a vida que irei levar, mas para isso tenho de voltar a juntar as peças do meu coração destroçado do fogoso amor que ainda dispenso em busca da Felicidade... Ai meu Deus, sejas lá tu quem fores... Será que também tenho de activar um Plano de Austeridade para que isto tudo passe?...

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