Faz exatamente hoje um ano desde o meu conturbado regresso. Vim com tanta força e convicção que era o caminho certo que acabei por destruir a pouca esperança que ainda havia. Foi um ano muito duro e só agora começo a sentir que já entrei na minha próxima etapa. Não sei se é definitiva, muito provavelmente não. Tudo muda tanto, que talvez no próximo ano eu possa estar a rir destas palavras que para mim hoje tem aparência de eternidade.
A grande conclusão que tiro disto tudo é que optei por um caminho intermedio, que acho que se encaixa perfeitamente na minha actual personalidade. Não creio que valha a pena desistir da vida, apesar de ter estado bem perto disso. Para mim, já que renasci, a ideia agora é ir vivendo da maneira mais serena possível. Não acreditando nem negando nada. Aceitando o que for inevitável, e discretamente ir desviando aquilo que requeira de mim uma entrega completa. Serei aquele que conscientemente foge aos grandes desafios pessoais, procurando evitar as grandes perdas ou ganhos. Resignei-me à vida. Não irei mais desenvolver relações pessoais profundas. A vida é uma espera.
No entanto, também sei que o mundo não foi construído para pessoas sem expectativas. O fracasso, apenas serve para reiniciar um ciclo. Vou continuar... pois ainda não consegui concluir meu projeto de vida. Para mim será fundamental que as coisas em que acredito continuem a existir, só assim posso continuar alimentar a minha sede de viver.
Passei a ser daquelas pessoas que acredita que o mundo passa por dentro de mim e quanto mais eu consiga expor essa beleza interior, mais o mundo será bom para comigo. Por isso pouco importa os traços externos da vida, quando na verdade o verdadeiro sentido da vida somente ocorre dentro de mim.
Egoismo?
quinta-feira, abril 21
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