domingo, abril 10

A Insustentável Leveza do Ser...

"... olhar o pátio com angústia e não conseguir tomar uma decisão; [...] trair e não poder parar na estrada tão bela das traições [...]: eu próprio conheci e vivi todas essas situações; de nenhuma delas, no entanto, saiu o personagem que sou, eu mesmo, no meu curriculum vitae. Os personagens do meu romance são as minhas próprias possibilidades que não foram realizadas. É o que me faz amá-los todos e temê-los ao mesmo tempo. Uns e outros atravessaram a fronteira que eles ultrapassaram (fronteira para além da qual termina o meu eu). Do outro lado começa o mistério que o meu romance interroga. O romance não é uma confissão do autor, mas uma exploração do que é a vida humana, na armadilha em que se transformou o mundo."

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