segunda-feira, abril 18

Perdoem-me...

Perdoem-me os que gostam de mim, os que de mim apenas querem a presença. Precisava muito de acordar deste sono profundo, de dar um grito de revolta e fazer uma revolução de Abril no meu mais fundo ser. Mas não vai dar, em mim apenas resta um lugar obscuro e vazio. Foi um golpe demasiado duro e agora já nem a presença dos mais pequenos me faz acordar para a realidade. Não há droga que cure este ferimento fatal, o passar do tempo só irá aprofundar a cova que tenho vindo a cavar. Tentei socorrer-me do amor, pedi que me defendesse, mas o amor fez ouvido mocos. Estou literalmente preso por um fio, agarrado a uma realidade que tenho medo de aceitar. Todos os dias agora são malditos, regados por uma vida que vivi, que não foi a minha. Tentei a sorte o sol e o sorriso, mas o destino desejou-me dias cinzentos. Não quero mais viver sobre os lamentos. Tentei com todas a minhas forças, mas agora transpiro todo o desejo de viver, na certeza da hora que está a chegar.

Não consigo encarar...
levem-me rápido...
ela não vai voltar...

Ps: Aqui para nós que ninguém nos ouve... É tudo mentira... Isto é só para chamar atenção...

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