terça-feira, dezembro 14

Uma noite de verão...

Sem se perceber como, no meio do silencio da noite soa uma música de fundo, suave, que com acordes de sensualidade despertava os corpos abraçados, afundados na tenda. Era uma noite típica de verão, o calor fazia-se sentir, os corpos estavam ligeiramente soados. Ainda meio adormecido ele agarra num abraço carinhoso, os seus braços são fortes, inspiram-lhe confiança, fazem-na sossegar... Depois de formar uma concha perfeita, ele começa aos poucos a acariciar a pela dela, suave como a manta de seda que os envolve. Ela aconchega-se junto a ele em sinal de resposta e liberta doces beijos na pele áspera do seu peito robusto. Parece feliz, cheira-o na busca do aroma do amor, enquanto ele se perde naqueles olhos de uma ternura sem fim, infinitos para ele, fazem-no viajar, sem sair da cama. Unem-se cada vez mais, na partilha pela alma, no desafio pela emoção... As línguas ternamente molhadas, descobrem-se lentamente... Unem as mãos, os dedos dela, longos e finos, entrelaçam-se nos dele, com firmeza, numa sólida união. O corpo frágil e feminino procura saciar a sede da saudade, ele, corresponde de forma sublime. Impera a liberdade em gestos de carinho, desamarram-se os sentidos antes despertados e envolvem-se no prazer mútuo de unir o corpo pela voz do amor.

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