quarta-feira, agosto 18

Recordações...

É hoje que tudo começa ou que tudo acaba. Entro na rotina esperada sem saber o que me espera. Deixo que as emoções acalmem e tento usar a cabeça de cima. Agora navego num tsunami de recordações. Recordo os tempos em que nos cruzávamos como perfeitos desconhecidos, sem reparar nas sombras que já na altura se abraçavam entre nós num silencio comprometedor. Ainda nem tinha provado os teus lábios, mas percebia que me desejavas à tua maneira sempre estranha, mas verdadeira. Confesso hoje que não percebi que existias até compreender que me querias. Trocávamos, tal como hoje, olhares ferozes e tímidos como tu.
Mas em(fim), longínquos vão esses tempo que agora me causam tormentos na alma, pelas tristezas de tanto que ficou por cumprir. Edito cada memória de forma única e exclusiva. O amor faz com que esqueça um pormenor, recordo outro e acrescento outro, de maneira a que a historia fique comigo para sempre bonita. Por vezes demoro a encontrar-me nos enormes labirintos do meu corpo, sedentos dela e da tua respiração ofegante.
Nos meus últimos dias de pouco sono, tenho falado com a lua, que devido a minha memória cinematográfica lhe chamei de Wilson. Depois de uma longa conversa, abracei o Wilson, beijei o vento e fui procurar o sono...

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