

Finalmente e depois de três longas semanas a viver com o meu Pai, mudei de casa. Viver com o meu Pai foi bom, acho que aproximou mais a nossa relação e fez com ele percebesse que eu sou alguém. A sua postura impressionou-me, todas as conversas que tivemos, apesar da sua teimosia em não querer ouvir a opinião dos outros, acabavam sempre por me deixar humilhado e com vergonha do meu às vezes ego demasiado elevado. A idade é sem dúvida um posto, aliás, se a experiencia é adquirida com o tempo e o passar das coisas, é lógico que quem anda cá há mais anos, terá de ter mais experiencia. Ouve várias alturas que tive de morder os lábios para impedir que as lágrimas jorrassem pelo meu rosto. Mas sei que ele também sente algo de especial em relação a mim. Sou como um espelho rejuvenescedor.
É pena que esta experiência com o meu Pai só agora tenha acontecido, tenho a certeza que teria sido muito mais útil a quando da minha adolescência. Agora é difícil mudar o que 29 anos traçaram, faço um esforço até porque sinto a amargura de poder vir a ter uma situação idêntica com os meus filhos. Não gostava que isso acontecesse, gostava de estar mais perto da vida deles e não ser só aos 29 anos que o meu filho vai se sentir enriquecido com as conversas do Pai. Acho que ainda estou a tempo, não vim para ficar... vim sim para garantir que isso vai acontecer... triste situação esta que nos faz distanciar para no futuro nos aproximar... ai vida ai vida que me fazes viver nas águas sujas do pensamento... Xo, xo, xo daqui!!!
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