
Estive três dias em Luanda. Apesar da boa estadia proporcionada pelo meu amigo Pedro, queria mesmo era voltar para o Lubango. Aquilo é o caos, Cada um por si na luta do dia a dia numa guerra aberta do salve-se quem puder. É fácil perceber como aquilo aconteceu: ora bem, a guerra acabou, quer dizer, como se a guerra alguma vez fosse acabar, ou houvesse outro clima na capital angolana Senão guerra! Enfim, quando acabou a guerra armada a palavra que mais se começou a ouvir foi a de “reconstrução”. Tenho medo e uma pequena certeza que ou as coisas mudam radicalmente ou essa palavra nunca vai passar de uma promessa da boca deste políticos que eu começo admirar. Tenho conhecido algumas pessoa bastante interessantes. Posso já adiantar a quem pensa que eles são burros, que estão redondamente enganados. o que eu acho que falta é o principio base da organização. Ninguém pode reconstruir em condições se primeiro não se organizar.Mas se é fácil falar em reconstrução e organização, muito mais difícil é organizar um pais depois de ter estado tantos anos em guerra. Tal como diz o meu querido amigo imaginário Fernando Pessoa, a organização está dividida em três partes: uma parte de teoria e outras duas de pratica. Ora bem, em Angola, temos primeiro de determinar o plano ou as normas pelas quais nos vamos organizar, só depois podemos pensar em colocar pessoas competentes que vão na pratica fazer com se organize como deve ser. Por último temos a coordenação de esforços de todos os envolvidos para que a organização se torne realidade. Ok, até aqui acho que os políticos também perceberam a coisa, o problema começa quando voltamos à teoria. É que existem dois tipos de teoria; a teoria interpretativa e a teoria preliminar da acção. É aqui que eu digo que aqui ninguém é burro, eles pensão todos é demasiado teoricamente e esquecem-se que a analise de um problema para resolver não é a mesma que a analise de um problema para compreender. Resolver implica simplificar, quem estuda os problemas para os compreender acabar por só se concentrar no problema e esquece da realidade e da consequente solução. No mundo existem políticos que querem ser compreendidos e outros que querem resolver os problemas, em Angola ainda só há do tipo que querem ser compreendidos. São todos muito bons a nível teórico, mas o que o pais precisa é da pratica, da solução e da acção.
O progresso de alguma coisa, seja lá o que for, bom ou mau, é com certeza uma alteração. Sem alteração não há progresso. E por isso, para haver alterações é necessários haver mudanças de atitudes e de hábitos de certos costumes e maneiras de estar. Eu bem sei que não é fácil, e que a resistência é grande. Mas também é fácil perceber, a maioria dos políticos estão muito acomodados e as alterações que levam ao progresso mexem muito com os seus hábitos e por isso mais vale atrasar o progresso do que mudar de hábitos, não fossemos nós seres de hábitos.
Angola precisa de progredir e esquecer os velhos hábitos, metam na cabeça uma coisa:
Só há progresso quando há alteração!!! Força Angola!!!
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