Cheguei lá com a mesma vontade de sempre. Dai a pouco tempo, comecei a sentir um forte cheiro a mar e de repente, o ambiente estava envolto numa recordação tão real que tive de me beliscar para ter a certeza. Fiquei paralisado a olhar para o mar, o reflexo descrevia as harmoniosas curvas dela. Era como o mar estivesse adquirir as cenas do nosso primeiro encontro. Nas ondas observava as estreitas curvas dos seus braços, que num vai e vem baloiçavam na procura do meu abraço. Tudo parecia demasiado real, estava confuso... Que belo era ver aquele reflexo a navegar nas ondas agitadas. Deixei-me levar pelas memorias, desliguei o reator e cai na melancolia do momento.
O mar começou imediatamente a agitar-se, com ondas cada vez maiores. Subitamente, embebido por tão bela imagem fui consumido pelas bravas ondas.
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