quarta-feira, setembro 29

Dia vazio...

Há dias vazios… dias que passam sem nada, nem ninguém… que passam só porque os ponteiros rodam no relógio.
Acordei triste. Tal como o dia também lá fora. Mudei um pouco a hora do despertador. Queria voltar a adormecer. Voltar a acordar… com um Bom Dia.
Depois já era tarde...
Hoje o dia passou. Só isso.
Hoje o dia não me tocou. No meio de tanta gente, nem só um beijinho rápido, solto quase por nada… , nem um só (a)braço…, nem só uma mão que sem querer me tocasse.

terça-feira, setembro 28

Já em forma de comentário final...

Com todos este obstáculos que a vida me colocou nos últimos tempos, aprendi que no meio de tanta escuridão só há uma formula para atingir de novo a felicidade, gostar de mim. Espero que as lagrimas derramadas tenham servido para limpar o nevoeiro que pairava sobre o meu destino...
Lt´s fucking move on...

segunda-feira, setembro 27

Concertos Inesperados 2...

Concertos Inesperados...

Confissão

Confissão: faria tudo outra vez... mesmo sabendo que este era o preço a pagar. Podes ir...leva na bagagem o desprezo, o desalento, a decepção. Leva contigo as palavras que já não quero ouvir... leva tudo. E se não for pedir muito, leva tambem esta tristeza, não a quero.

Vai...

Aqui...

Aqui posso escrever as palavras que não consigo pronunciar. Aqui não tenho que medir o que digo nem pesar o que penso, aqui posso ser eu, sem fingimento.

Aqui ouço os pedaços de um coração a gritar tanto que quase fico surdo. Aqui, a fumar um cigarro sei que a eternidade de dias e de noites já não faz sentido. Aqui, sei que desejo apenas que tudo se torne depressa em memória... e mesmo que não possa esquecer, pelo menos não lembre.

Aqui já não procuro nada, já nada espero. Já não quero as respostas para os problemas.
Aqui o silencio dói menos...

RIP

A morte revolta-me sempre. Dá aquela raiva porque fico sempre com a sensação de que ficou muito por fazer, sonhos por realizar, palavras por dizer e por ouvir. As palavras bonitas, as que demonstram o bom que temos em nós, quase sempre ficam presas na garganta...é tão mais fácil dizer as palavras que magoam!

Tudo isto me atormenta. A minha avó um dia disse-me que a vida não devia caminhar assim... para a morte!

Colocam a terra por cima de nós e pronto. A vida termina ai. Já nada mais há que se possas fazer... ficamos ali, debaixo de uma terra fria.

Pior é para que cá fica. Para quem vai, se é que existem, os anjos, arcanjos e serafins, vão-nos recolher de braços abertos num mundo que será bem melhor que este...

bla, bla , bla...

quinta-feira, setembro 23

Entrevista de mim para mim….

Qual o grande problema a respeito das drogas?
Não é o facto de elas fazerem mal ao organismo, pois se fosse por isso ninguém vendia Coca-Cola, mostarda, maionese e tudo o resto que consumimos. O único problema com as drogas é que elas são produtos comercializados sem impostos e nem fiscalização.

Então porque legalizar?
Porque poderia ser mais um motivo para fazer um upgrade na nossa economia. Porque o dinheiro gasto no combate ao tráfico poderia ser aplicado no tratamento de dependentes. Porque os impostos consequentes da legalização poderiam ser aplicados no tratamento de dependentes.

E porque não legalizar?
Porque os importadores e distribuidores de grande porte ganhariam subsídios do governo para produção e não repassariam à sociedade.

Então você defende a legalização?
- Não.

Mas então você é contra a legalização?
- Não.

quarta-feira, setembro 22

O artista segundo o artista...

"Há um caminho que leva de volta, da fantasia para a realidade – o caminho da arte. Um artista é mais uma vez, em rudimentos, um introvertido, não muito distante da neurose. É oprimido por necessidades instintivas excessivamente poderosas. Deseja honrarias, poder, riqueza, fama e o amor das mulheres; mas não tem meios de atingir estas satisfações. Conseqüentemente, como qualquer homem insatisfeito, ele se afasta da realidade e transfere todo o seu interesse, e também sua libido, para as construções de desejo da sua vida de fantasia, um caminho que pode levar à neurose...
Para os que não são artistas, o prazer a ser obtido com as fontes de fantasia é muito limitado... Um homem que é um verdadeiro artista tem mais à sua disposição. Em primeiro lugar, ele sabe como elaborar seus devaneios de maneira a fazer com que eles percam o que é pessoal demais e repele os estranhos, e a tornar possível que outros partilhem do gozo. Ele também compreende como atenuá-los, de forma que eles não traiam facilmente sua origem de fontes proscritas. Ademais, ele possui o misterioso
poder de moldar algum material particular até que ele se torne uma imagem fiel de sua fantasia; e sabe ainda como ligar uma fonte de prazer tão grande a esta representação e sua fantasia inconsciente, de forma que, pelo menos no momento, as repressões são superadas e suspensas. Se é capaz de conseguir tudo isto, ele faz com que outras pessoas possam mais uma vez extrair consolação e alívio de suas próprias fontes de prazer em seu inconsciente, que se tornaram inacessíveis a elas; ele obtém sua gratidão e admiração, e assim obteve através de sua fantasia o que originalmente só tinha conseguida na sua fantasia: honrarias, poder e o amor das mulheres."

O drama segundo Freud...

"O drama, diz Freud, é uma forma de tornar acessíveis fontes de prazer ou satisfação na nossa vida emocional, grande parte das quais é de outra forma inacessível. Assistir a uma peça faz para os adultos o que brincar faz para as crianças. O dramaturgo e
ator permitem que os adultos o façam levando-os a se identificarem com um herói. Como o drama tantas vezes ocupa-se do sofrimento, o prazer do espectador deriva-se de uma dupla ilusão: primeiro, que é outro e não ele que está representando e sofrendo no palco, e em segundo lugar, porque se trata, afinal, de apenas um jogo, que não pode representar perigo para sua segurança pessoa. Contudo, os conflitos retratados no palco devem estar dentro do âmbito da experiência do espectador. Por isso, se o sofrimento no palco torna-se intenso demais, o espectador deve ser muito neurótico para sentir prazer com isso. Assim, há um entre-jogo entre o autor e a audiência, da mesma forma que nos chistes.

Conclui Freud: “Em geral, pode-se talvez dizer que somente a instabilidade neurótica do público e a habilidade do dramaturgo em evitar resistências e oferecer satisfações pode determinar os limites impostos à utilização de personagens anormais no palco."

segunda-feira, setembro 20

1 dia triste por Lis(boa)...

Andava eu na rua a correr com a cabeça sempre a bater... quanto mais eu corria, mas a cabeça na tola batia...

domingo, setembro 19

Thank you for your love...

Estou cansado...

Sinto um cansaço enorme dentro de mim. Cansaço exaustivo e destruidor que me fazem questionar o quanto valho. Abandonado sem justa causa, não quero mais voltar a dançar no salão onde as luzes renascem a cada teu passo. Alguém me faça um transplante de coração, quero um coração que me faça não sonhar mais, a não desejar quem me faz mal e acredita (inventa) coisas sobre mim. Quero um coração que não me faça mais chorar e encher a minha cara de lagrimas.
Que faço eu aqui? Que mundo existe para além do teu? Para que passar horas, dias e noites em branco a recordar o passado se tu não queres ter um futuro. De que me fale ser sincero e honesto? Não consigo esperar mais, dentro de mim sinto que não me vais salvar desta velha e duradoura angustia.

Não quero mais...

Hoje, não tenho mais vontades. O sol escondeu-se por detrás do horizonte e os ventos afastam-me de ti. As ondas do mar exaltam-se e tentam engolir o pontão tal como os nossos corpos se entrelaçavam de forma quente e desmedida, quando o coração era só um. A partir de hoje não quero ter mais sonhos do meu inconsolável amor por ti. Nunca me interessei por datas ou erros, porque todos erram. Como é possível ser vitima de uma arrogância mental sem precedentes. Acreditem todos no que quiserem... O tempo vai dar-me razão.
Hoje não me quero iludir mais...

Abraço

Resgatam-me do mundo em que imaginar é ter asas, é voar com destino marcado e sonhar o já pensado. Levem-me todos os sentidos que me prendem à realidade forçada do dia-a-dia e renovem-os num acreditar que sentir é a verdade a viver.
A música é o silêncio de um sorriso, parada num respirar fundo… inspirar até encher o último alvéolo, trocar os ares passados pelos que se querem futuros e, assim, nutrir o corpo, o coração, a alma…
O tempo pára onde o voo, de pés assentes na terra, é tão alto que aquele sonho nunca foi pensado. Prolonga-se… porque os pés que caminham no mesmo sentido, festejam sempre as metas juntos.
É assim... quando os braços se apertam num abraço.

..........

Não é a dualidade de momentos que entristece, mas sim a dupla de sentimentos que se manifesta.
Quando se tem por medida dois extremos, é difícil encontrar o meio... Não pela virtude, mas pela estabilidade.
Quando se ama e magoa, só a perdoar é possível continuar.

domingo, setembro 5

Não sei quem sou...

Estou num momento de auto conhecimento. Vejo o que mais quero a ir e o que menos quero a tornar-se o meu filme de vida.
Neste momento não sei quem eu sou, só sei que ela era parte de mim. Quem sou eu afinal? Não te sei responder, sou daqueles homens com as suas diferentes maneiras de viver, com a sua beleza e defeitos mas muito limitado a um circulo de sentimentos indescritíveis e fustigantes. A única coisa que eu sei é que me chamo Fernando e perdi para sempre o meu ideal de vida. Não sei o que posso fazer e ser daqui para a frente. Não sei pintar, não sei escrever porque cada linha é um relato de nós e do que não vivemos porque não me deram a segunda chance que todos merecem. É tudo estranho, irónico? Provei o veneno dos meus erros e acabei assim... sem ti e ele acordarem ao meu lado. Por mais que digas que não, eu sei que no silencio sou algo para ti. Quero acreditar nisso e ser teimoso ao ponto de esperar, só que seja, até algum dia que me mostres uma luz, a saída deste poço. Não sei quem eu sou, faço o mínimo para viver, porque acredito que um dia vais agarrar a minha mão e dizer baixinho "eu ainda te amo"... Estou preparado para tudo, até a morte, só porque quero que me digas doces mentiras, quero que me iludas como uma criança.

Olha nos meus olhos e diz-me outra vez...

quinta-feira, setembro 2

Vazio em mim

O mundo fica vazio aos poucos… Parece um balão que sem furo e sem barulho perde ar.
Todos partem… com distâncias diferentes, mas partem… e deixam pedaços.
Parte quem vai crescer para longe. Partes tu, com quem não estava muitas vezes, mas já sinto falta. É diferente. Sorríamos sempre. Às vezes tristes, com a vida do avesso, mas sorríamos. Havia sempre novidades… e coscuvilhices (admito). Nunca te disse… mas admiro a maneira como te entregas… como fazes de segredos partilhas lindas. Não sei porque começou assim tão forte, mas sabe bem a nossa amizade.
E tu… a quem não achei piada quando te vi. Ar de menina mimada e que implicava com toda a gente. Foi assim só até te ver triste… até ao primeiro abraço. Quem mais me vai oferecer aqueles beijos todos… que eram teus? Nunca foi preciso dizer muito… Agora parece que ficou tanto por dizer.
Este lugar longe… este tempo longe… é um sonho meu. Fico feliz por ter chegado...
E parte quem fica perto… Quem sem palavras pede espaço… Quem precisa de um mundo que não reconhece nas minhas mãos.