sábado, abril 4

Desabafo 2...

Estou triste! Não com Angola, com essa estou feliz, contente e surpreendido. Estou triste com a ideia que algumas pessoa têm sobre o amor. Hoje mesmo, uma das pessoas que mais me conhece disse-me que eu tenho de ter paciência, pois a maioria das pessoa não vê o amor como eu. Mas porque raio tenho eu de ver o amor de maneira diferente. Sinto que na realidade nunca fui amado, fui apenas sentido. É triste quando se sente que amamos sem ser amados. Para quem ama sofre com isso, para quem não ama é fácil, pois é dura e implacável. Sinto que na minha vida, com trabalho e coragem posso conseguir tudo o que quero, mas não obrigar que me amem, porque nenhum amor depende da minha vontade. Porque hei-de eu mostrar amor a quem não me ama e me rebaixa. Tenho pena de não ser como a maioria, está provado e cada vez mais certo, que a única maneira de se ser amado por quem não nos ama é parecer que se não ama. Mas porque fingir um sentimento oposto? Eu não consigo... e por isso fico triste, rebaixado e acanhado. Ai Deus, meus Deus, quem és tu? Eu também não sei quem eu sou, mas devias ter dado um manual de instruções para podermos transformar a nossa vida num espectáculo único.
Ao contrario do que sinto no amor, sinto uma alegria inexplicável por conseguir fazer ver o belo naqueles que sofrem. Que se lixe os negócios e os ordenados chorudos que se ganha aqui em Angola, aquilo que mais me encanta é o poder apoiar e encorajar aqueles que sofrem. Eles não são miseráveis nem passíveis de pena, esse é o nosso erro. O que eles precisam é de igualdade e de ser compreendidos. Tenho encontrado inúmeras pessoa com um potencial inestimável no meio das suas lágrimas de tristeza. As pessoa mais deprimidas são as que tenho descoberto ser as mais sensíveis. São tão sensíveis que se entregam com um simples sorriso. Estou cansado de procurar amor onde não há sensibilidade para ser amado. O amor para a maioria das pessoas é físico e pouco sentimental. Isso irrita-me, por estranho que a muitos vos possa parecer. Eu gosto do amor sentimental, do amor em que nos sentimos completos por dentro mesmo que longe e ausentes por fora. No entanto, tenho que admitir que me sinto como um bem material. Fui consumido enquanto novidade e agora que já conhecem todos os meus recantos desejam mais e mais. Eu sou raro, muito raro, a maioria muda de amor sem disso se aperceber. O tempo não perdoa, mexe no nosso amor e na nossa vida. Apaga os bons momentos do dia-a-dia destruindo os nossos sonhos e encantos. Eu triste por não amar com se ama hoje em dia. Sofro mais... Gostava de ter um amor que fosse construído pouco a pouco, tornando-se cada vez mais sólido e quase impossível de ser abalado. Porque é que o amor de hoje em dia vai morrendo à medida que o tempo passa? Onde estão aqueles velhinhos que morrem juntos de mão dada? Sei que é estranho, talvez até meio estúpido, mas eu quero ser feliz e amado. Ter a sensibilidade de dizer que preciso de alguém, reconhecer os nossos erros em conjunto, ter habilidade para chorar juntos e recomeçar quantas vezes for preciso só porque amo, só porque sonho... só porque te quero...
Neste momento o meu coração está preenchido, mas não está completo. Tenho medo de morrer e não sentir amor... será que morrerei feliz apesar de todo o dinheiro que aqui juntei...

Vale a pena pensar... ou não...

Força Angola

Amo-te princesa da Jordânia

2 comentários:

  1. Quem é a sortuda da princesa da jordânia?

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  2. podias ser tu... mas normalmente não tenho relações anónimas...

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