terça-feira, fevereiro 22

The Brain...

Talho Disco... Opinião de artigo.

Em tempos alguém me disse que seria uma boa alternativa abrir um talho gay. A ideia surgiu de uma apurada leitura das leis da oferta e da procura, embora nunca tivéssemos chegado a conclusão do que distinguia um talho gay de um outro talho qualquer. A questão permaneceu eternamente no ar e porventura será melhor que se fique por ai, não vá está merda começar a soa meio boiola!

Outro dia, num mercado no sul de Londres conheci o primeiro talho disco. Pois bem, no meio deste mercado há um talho dirigido por turcos. O talho é todo branco, pontuado pelo vermelho de múltiplos animais esventrados, cortados e dilacerados por três homens vestidos com batas brancas pontuadas pelo sangue de múltiplos animais esventrados, cortados e dilacerados, e que se movimentam energeticamente ao som de um poderoso sound system que debita os sons dos últimos êxitos de hip hop, rap e reagge. Os clientes reagiram positivamente aquela imagem da carnificina animal perpetrada ao som ritmado das palavras do rapper. Os amigos turcos parecem felizes. Não alvitrei se a música se altera com a hora do dia e gostava bastante de perceber se o hip hop vende melhor o porco, o peru, a vaca ou os miúdos, salvo seja.

Confesso que não sei se me sentia à vontade para comprar uns bifes do lombo ao som do Eminem. Afinal, a vaca é um animal singelo e simpático, um pouco bronco, mas honesto, cuja quietude merece algum respeito. Talvez uma valsa, ou o hino da Eurovisão.